top of page

Eu, Malala de Malala Yousafzai com Christina Lamb

  • Foto do escritor: Sofia
    Sofia
  • 29 de nov. de 2020
  • 4 min de leitura

ree

Olá Ilustres!

Por cá passo, para vos dar a conhecer a minha opinião sobre:


O livro: Eu, Malala de Malala Yousafzai com Christina Lamb.

A minha edição é da Editorial Presença, de capa mole, com 351 páginas, dividido em cinco partes, cada uma com subcapítulos.

A opinião:

Ora, eis que trago novidades para este blog, uma leitura de um livro que retomou pódio nestas últimas semanas. Na verdade, já tenho o livro cá em casa, há uns meses, mas só senti a real sensação de curiosidade, na semana que passou. No instagram, responderam a uma sondagem e "voilá", escolheram um livro muitíssimo interessante, e por isso, agradeço-vos imenso!

Prontamente, haverá outra sondagem! ✌

Quanto ao livro, na verdade, eu tenho uma queda por livros que envolvam crime de honra, pois, na minha opinião, o nosso curriculo escolar abrange exaustivamente as atrocidades da segunda guerra mundial e presenteia-nos uma noção longínqua e irreal, como se o sangue derramado e os massacres fossem uma memória tão ultrapassada, que seria impensável ponderar algo semelhante, nos dias de hoje. Infelizmente, trago péssimas vindas, quando alerto que esses massacres se mantêm, em persistência, ainda em 2020. Para fugirmos um bocado do ocidente e nos introduzirmos no oriente, relembro palavras como: Síria, Refugiados, Palestina, Israel, ...

Malala vivia em no vale de Swat, em Mingora, no Paquistão. Antes de ser "invadido" pelos talibãs, seria uma zona maravilhosa, repleta de turismo, pois valia-se das suas paisagens naturais e cultura. As meninas estudavam, o Alcorão era estudado na sua essência, a hospitalidade eram o primor da zona, uma vez que, é cultural, nesta zona, a obrigatoriedade de hospitalidade. Pequenos prazeres como filmes Bollywood, livros ocidentais e a saga "Crepúsculo" eram permitidos.

Malala explica-nos como tudo mudou, num perspetiva histórica que a antecede e que a precede, abordando a história de vida do seu pai, da sua mãe e do seu país. A 2.ª Guerra Mundial foi crucial para a introdução de ideias que deturparam, por completo, o islamismo. Desde então, a descedência foi escabrosa.

Um país repleto de corrupção, desorganizado, que não instrui os seu povo, para que haja espírito crítico, os mares de sangue invadiram as ruas, pelas mãos estrangeiras e pelas mãos dos próprios residentes. A opressão é fulcral na vivência, no entanto, desde que se cumpram as exigências dos opressores, as promessas de paz urgem.

Malala e o seu pai, lutaram pela educação das meninas, dos meninos, pela paz e pela justiça, ambos ativistas e politicamente ativos, fizeram o que podiam para manter a educação, pois na perspetiva dos talibãs, uma mulher não deve estudar, mas sim ficar cerrada em casa, aprendendo a cozinhar e a cuidar do seu homem. Nesta fase, também fora introduzido o conceito de aprisionamento feminino, ou seja, a mulher só deve ser acautelada de um homem, que lhe seja parente, para não trazer desonra à sua família.

O Governo Militar oprime a ação dos talibãs, mas estes, após anos de oportunismo, agarrando cada fragilidade do país para angariar voluntários, procede a uma atitude hóstil e terrorista, mantendo a mancha de sangue no país. Malala, por manter o seu papel, enquanto ativista, é uma ameaça aos talibãs, tal como o seu pai.

Em 2004, um grupo de talibãs interceta o autocarro em que Malala se encontrava, disparam mas não faltalmente, contra a mesma. Esta vê-se na necessidade de ter apoio médico no estrangeiro, após cirurgias, para uma recuperação mais estável. Após recuperar a maioria dos danos, passou a residir no Reino Unido, com a sua família, continuando com o ativismo.

Em 2020, dia 19 de junho, Malala publicou no seu Twitter que terminara a sua licenciatura em Filosofia, Polícita e Economia.

_________________________________________________________________


A minha área de formação é a educação, então este tema toca-me de uma forma bem íntima, também sou feminista e incomodo muitas pessoas pela argumentação de rato de biblioteca. Então, esta leitura foi muito significativa!


O machismo e o sexismo são doentios e merecem a devida sanção, nada do que é pregado pelos talibãs está implícito no Alcorão, nem é defendido pelo islamismo. O Alcorão é um livro de fé e bondade, que defende o "não matarás", nunca preconizou atitude de violência, nem defende assassinos. A falta de informação e ausência de ensino protagonizam a destruição de um país e da liberdade.

Malala é um belo exemplo de negligência e de que a ação do topo da hierarquia só "ativa", quando há desastres e bem específicos, até lá, os massacres continuam sem ação direta das entidades responsáveis.

Os verdadeiros criminosos, a Inglaterra, a Rússia, e para não variar, os Estados Unidos da América, principalmente, este último país, nunca se responsabilizou pelo desencadear terrorista, no oriente. Foram os principais financiadores e promotores de extremismo e do terrorismo no Afeganistão e no Paquistão, na minha opinião.

Por último, eu sinto-me infeliz por assistir a estes acontecimentos e ver os grandes líderes mundiais sem ação, é necessário agir. Cá em Portugal, as crianças são educadas a desdenharem a educação, no geral, desvalorizam e acham que não precisam, odeiam ler,... Há crianças, do outro lado do mundo, que anseiam um livro, um professor, não têm... As ruas estão manchadas de sangue, o nosso sistema educativo não nos permite criar espírito crítico e empatia nos nossos alunos, só querem que cuspam matéria atrás de matéria, sem qualquer tipo de descernimento.

Citação destacada:

“Porque é que a vida de uma rapariga tem que ser arruinada para resolver uma disputa que não lhe dizia, de todo, respeito?”

Comentários


Post: Blog2_Post

Formulário de Inscrição

Obrigado pelo envio!

©2020 por Bibliofilia de Sofia. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page